Simulador de IR: saiba como usar

As pessoas, muitas vezes, estão preocupadas em saber o quanto pagam de impostos. Por isso, um simulador gratuito, da Receita Federal, já atende a essa demanda. Com ele, é possível ver o que se desconta dos rendimentos das pessoas que declaram Imposto de Renda (IR) e saber planejar melhor o uso das deduções, cuja responsabilidade é do órgão federal. Além disso, como se sabe, é ideal planejar as contas para manter nossos projetos em dia, além de pagar as dívidas.

Um detalhe que nem todo mundo sabe é que, ainda que a tributação alcance quase um terço em cima da renda (27,5%), ela não tem aplicação sobre o valor total. Ou seja, além de haver vários tipos de cobrança do IR, os descontos são feitos em relação à faixa salarial da pessoa que contribui com o IR. Assim, o sistema de cobrança vai ter aplicação em cada valor que a renda da pessoa atingir. Dessa forma, o valor cobrado de imposto tem uma boa redução.

A importância desse assunto é muito relevante, principalmente porque dezenas de milhões de pessoas caíram na malha fina só ano passado —mais precisamente, 36 milhões. Assim, neste artigo, vamos mostrar como o imposto tem uma cobrança diferente a cada valor de rendimento que as pessoas atingem. Também, você confere aqui o que é necessário para calcular pelo sistema da Receita Federal e como saber o valor das suas deduções.

Simulador; Tela de celular exibindo o site da Receita Federal
Imposto de Renda já pode ser consultado por apps, ou pelo site. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil (Reprodução)

Simulador de IR: verificando detalhes financeiros

As vantagens em contar com o simulador do IR da Receita Federal são várias. Entre elas, os contribuintes podem verificar o quanto de desconto vai ter que pagar ao governo por mês, além de verificar o montante por ano. Os cálculos também permitem saber o quanto vai ficar para a restituição do imposto também.

Uma vez que o usuário estiver com acesso à plataforma, ele(a) deve colocar tudo o que é passível de cobrança, isto é, que vai acabar sendo “mordido pelo Leão”. É nesse momento que as pessoas colocam o que receberam de salários, pensões, serviços realizados (desde que tenha algum comprovante de renda), aluguéis, entre outros.

Depois, o sistema vai requerer os gastos que podem diminuir o peso do tributo do IR. São chamados de despesas dedutíveis, sempre fornecidas pelas pessoas que declaram o imposto na íntegra. Dessa forma, o formulário eletrônico contém os campos de previdência (para as pessoas que se aposentam com INSS), quantidade de pessoas dependentes, pensão de alimentos, previdência privada (rendas obtidas com aposentadoria não-pública) e o carnê-leão.

Base de cálculo, dedução e alíquota efetiva

Como você viu, existe um risco alto de inadimplência e de erros na declaração. No geral, isso tem como causa a falta de conhecimento e uma certa complexidade nos cálculos que as pessoas devem fazer. Abaixo, você confere algumas explicações sobre os conceitos desse tópico.

  • Base para os cálculos. O que acontece na hora de se especular como vai ser o IR as pessoas precisam saber que a conta para a simulação tem os seguintes itens: rendimentos tributáveis e dedutíveis —este último é subtraído do valor que passar pela tributação. Portanto, vamos ver um exemplo. Se a pessoa recebe R$ 3.000,00 por mês e os valores que em que se pode aplicar dedução somam R$ 750,00, então a cobrança do IR vai ser aplicada nos R$ 2.250,00 que sobram dessa renda.
  • Faixas de dedução do IR. O sistema mostra os níveis de salário para verificar o que vai ser deduzido do imposto. É dessa forma que as pessoas que declaram o imposto sabem em qual alíquota o imposto ter uma cobrança. Enquanto essa parte está relacionada à fração que vai ter a aplicação do IR, o valor a deduzir é o que está sendo diminuído do imposto da sua renda.
  • Alíquota efetiva. Descobrir qual a parte em que o imposto terá a cobrança realizada é simples. Você precisa multiplicar o valor da sua renda pelo percentual da alíquota para a faixa, menos o valor que sofre a dedução. Se a pessoa recebe R$ 2700,00, com 7,5% de alíquota, o pagamento de IR fica em R$ 59,70. Abaixo, você confere a lista com as cobranças de acordo com as faixas salariais.

Veja outros tipos de aplicação de renda fixa

Além do PGBL e VGBL, as pessoas interessadas em ter aposentadoria privada podem contar com o tesouro IPCA+. Esse tipo de previdência é uma combinação da inflação ao consumidor amplo com taxas pré-fixadas, ou seja, uma soma. Em outras palavras, o governo federal dá um título para previdência privada, cuja característica principal para o simulador é se valorizar conforme o ritmo da economia.

O vencimento mínimo para o tesouro IPCA+ pode ser de, no mínimo 5 anos. Ademais, as pessoas podem fazer aportes baixos para esse tipo de investimento, sem tanto risco financeiro.

Além disso, a portabilidade é um outro tipo de personalização em relação à previdência. Ver o que acontece com a sua vida e alterar o modo em que você quer investir é importante no simulador. Finalmente, optar por uma nova instituição não leva a ter novos impostos, nem cria a dor de cabeça de ter que investir de novo os valores, com todo a burocracia.

Sobre o autor

Jefferson Tafarel

Jornalista de finanças para o Dicade.com.