O que é taxa DI? Saiba mais para investir bem

Os investimentos que operam com renda fixa tem uma variável bem pesquisada pelas pessoas que querem investir. Por falar nisso, vários títulos e ativos são definidos pelo depósito interbancário, também conhecida como taxa DI. É ela que mantém um equilíbrio nas contas dos bancos: como eles precisam terminar com saldo positivo no fim do dia, acontecem algumas transferências de empréstimos. Isso permite que as instituições financeiras fiquem com um resultado favorável.

Assim, como existe um repasse de empréstimos, os valores precisam ser taxados. É aí que entra a DI, pois ela vai garantir que, além do saldo positivo em caixa, os bancos possam evitar contrair dívidas. Além disso, já que os bancos fazem transferências, eles precisam também de uma comprovação. Nesse momento, entra em cena o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Esse documento é o que atesta o valor da taxa DI.

Mas, neste artigo, vamos focar nessa taxa. A influência da DI nos negócios, como a renda das pessoas tem impactos conforme ela muda, o que decidir em relação aos investimentos, e muito mais você confere aqui. Ainda, vamos compreender o que são os fundos DI e como as pessoas investem em grupo com outros investidores.

Taxa; prédios de bancos bancos estadunidenses à luz do dia
A taxa DI é importante para manter um bom equilíbrio nas contas e dar mais segurança à economia. Foto: Trade Finance Global/Reprodução

Taxa DI: funcionamento e peso na renda

Então tá, os bancos transferem os valores entre si, com empréstimos, para se manterem com indicadores positivos. Mas existem outras funções muito úteis dessa taxa tão importante. Já que ela tem uso consagrado para essas operações entre bancos, isso tem influência no mercado financeiro. Dessa forma, a compra de títulos, seja de empresas ou de outra origem, podem passar a valer mais, de acordo com o que constar no valor da taxa DI.

Muitas vezes, a taxa DI também fica próxima da taxa básica de juros, a Selic. Com isso, esse indicador serve com uma outra função, a de indicar se algum plano ou estratégia econômica vai render bem ou não. Inclusive, o cálculo da taxa é baseado nas chances que as instituições financeiras têm de conseguirem lucro nessas transferências.

Ainda, há uma outra organização que faz o papel de integrar as instituições financeiras envolvidas com a DI. Trata-se da Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados, ou CETIP. Essa central tem a responsabilidade de controlar as transferências via TED e DOC também, por isso ela está no seu dia a dia mais do que você imagina. Somada a essa tarefa, existe a função de trazer o rendimento dos investimentos realizados.

Saiba mais sobre o cálculo da taxa DI

Antes, você soube como o CETIP opera em algumas funções cruciais no mercado financeiro. Juntamente, o órgão também aponta a média das taxas DI. Para isso, o CETIP procura saber se as taxas aplicadas entre os bancos é coerente com os investimentos, isto é, se tem como ser aplicada ou não. A grosso modo, a central observa se:

  • existe, pelo menos, 100 negociações realizadas entre as instituições financeiras; e
  • o valor total das transferências interbancárias chega a ser de, no mínimo, R$ 30 bilhões.

Caso essas condições não tiverem cumprimento dos bancos, então a taxa DI passa a ter o mesmo valor que a taxa Selic, que vai considerar uma média de todas as transações feitas com títulos públicos da federação em um dia.

Investimento em fundo DI

Ter investimentos com fundo DI significa que você pode colocar recursos em um fundo com títulos que seguem a taxa fixada pela CDI. Em outras palavras, o que se tem é uma aplicação com vários títulos para se investir, de acordo com o certificado.

Se a Selic ou CDI mudar, pode haver lucro ou perda nos investimentos. Isto é, caso elas subam, a pessoa vai receber mais, senão menos. Contudo, quanto mais investimentos e participação ela tiver no fundo, mais ela tende a receber. No final, o ganho vai depender da quantidade do cotas que a pessoa possua nesse fundo também. Para saber o quanto o fundo vai render, as pessoas que investem ficam atentas a parte do CDI que está prevista para a liquidez. Por exemplo, se o rendimento do CDI for de 75% e se essa taxa for de 4%, então o patrimônio investido cresce 3%.

Ademais, há o peso do custo quando as pessoas procuram investir em fundo DI. A gestão desse fundo tem uma cobrança em cima dos valores arrecadados. É comum que essa taxa seja anual, além de considerar o total que o investidor tem no fundo. Junto a essa questão, os órgãos federais estão incluídos nessa característica, porque há a cobrança do Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Enquanto o IR é cobrado a cada seis meses em cada cota que está participando do fundo, o IOF só passa a ter cobrança com aplicações de, no máximo, 30 dias. Mas, qual o funcionamento da liquidez do fundo? Em quase todos aportes, o retorno do investimento vem até em um dia útil depois que a pessoa solicitar o resgate da quantia que vai ser aproveitada.

Sobre o autor

Jefferson Tafarel

Jornalista de finanças para o Dicade.com.

Revisado por

Glenda Ribeiro