Você sabe o que é a inflação e como se faz pra descontá-la da rentabilidade dos seus investimentos? Não faz ideia de quanto você está ganhando de dinheiro de verdade? Não? Ok, não se preocupe porque você vai aprender tudo nesse artigo incrível, que foi preparado para você entender como ela afeta seu poder de compra.

E pode ficar tranquilo porque aqui não vai ter nenhuma fala técnica, ou termos profissionais, ou jargões específicos das grandes instituições financeiras. Aliás, como de costume, preparamos algo pra que você, ao terminar o artigo, tenha todas as duas dúvidas esclarecidas de uma forma simples e segura.

Apesar do assunto super importante, inflação é algo que pouca gente entende. Por isso a necessidade de falarmos sobre ela de uma forma didática. A partir daí, vamos relacionar a inflação com o seu dinheiro. Seja o que você ganha, como salário, a partir do seu trabalho ou dos rendimentos dos investimentos que você faz.

O que é a inflação?

Em primeiro lugar, vamos começar pelo básico. Inflação é a perda do poder de compra do dinheiro. Vamos explicar essa definição a partir de um exemplo muito simples: Digamos que no início de janeiro de 2021 você comprou uma calça, e paga por ela R$100,00. Aí, no início do ano seguinte, você compra a mesma calça por R$105,00.

O que aconteceu aí? Aconteceu que teve uma inflação de 5% nesse último ano. Claro que esse é um exemplo pra deixar o assunto mais fácil, porque, na verdade, a inflação vem de um cálculo ultra complexo. Aliás, esse cálculo é feito com base nos preços de diversos produtos e serviços oferecidos em várias regiões diferentes do nosso país.

Tem produto que abaixa de preço, tem produto que aumenta de preço, mas, na média, eles aumentam de acordo com o índice da inflação calculado. O mais importante agora é você entender que o poder de compra dos mesmos R$100,00 foi diminuído. Ou seja, já não consegue comprar que conseguia no ano anterior.

Indicadores para a inflação

Existem diversos indicadores para a inflação, mas o mais importante para o mundo dos investimentos, que você precisa conhecer, é o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo – que é calculado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica – mensalmente. Logo, no final do ano, esse mesmo IBGE divulga a taxa do IPCA anual.

Como a gente mora no Brasil, precisamos sempre levar a inflação em conta porque ela é relativamente alta, como você vai poder ver nesse demonstrativo que vamos colocar aqui abaixo, pra você ter uma ideia de como ela impacta, tanto na sua vida financeira, como na rentabilidade dos seus investimentos:

• 2014 – 6,41%
• 2015 – 10,67%
• 2016 – 6,29%
• 2017 – 2,95%
• 2018 – 3,75%
• 2019 – 4,31%
• 2020 – 10,74%
• 2021 – 10,06%

No ano de 2015, quem investiu na poupança teve uma rentabilidade de 7,94%. Ou seja, quem deixou ou colocou dinheiro na poupança em 2015, saiu perdendo para a inflação. Em outras palavras, o investidor perdeu o poder de compra do seu dinheiro. O investimento não só não rendeu acima da inflação, como nem chegou nela!

Rentabilidade NOMINAL vs Rentabilidade REAL

Quem diria que alguém perderia dinheiro colocando ele na poupança? Fique muito atento ao impacto da inflação, principalmente nos seus investimentos. Afinal de contas, o seu investimento precisa sempre render acima dela. A rentabilidade NOMINAL não serve pra nada, por isso você precisa calcular a rentabilidade REAL de seu investimento.

Rentabilidade REAL é a rentabilidade do investimento já descontada a inflação, aí que você vai descobrir o quanto você ganhou de dinheiro de verdade. Como é que faz pra fazer esse cálculo? Existe uma fórmula pronta pra chegar até o resultado fidedigno, que é essa aqui: Rentabilidade Real = {[(1 + rendimento líquido) / (1 + inflação)] – 1} x 100.

Pode ver que é uma fórmula grande, cheia de parêntes, colchetes, chaves, subtração, divisão, um monte de coisa, lembrando as aulas de matemática do segundo grau. Mas se você não quiser investir tempo calculando na mão, pode procurar na net, onde existem diversos simuladores que fazem isso de forma automática.

Mas não seria só subtrair uma da outra?

Essa pergunta deve estar passando em sua cabeça. Ou seja, é só pegar a rentabilidade do investimento e subtrair do percentual da inflação? Infelizmente não. Aliás, se você fizer uma simples subtração, vai chegar num resultado até próximo ao da fórmula, mas não deixa de ser um resultado errado, matematicamente falando.

Assim, você pode até subtrair como um simples “quebra-galho”, pra que você tenha uma ideia da rentabilidade REAL do investimento, mas o correto é você, ou aplicar a fórmula, ou usar uma planilha, ou simulador na internet pra fazer o cálculo bem certinho. Lembre que estamos falando do seu dinheiro, por isso merece cuidado.

E um detalhe que precisa ser dito, antes de terminar esse artigo, é que não é só a inflação que você deve levar em conta. Você precisa descontar também os impostos e as taxas que incidem naquele investimento específico, mas isso vai ser um assunto para um outro artigo porque esse vai se resumir a explicar as questões da inflação.

Simplificando a explicação do artigo (Resumo)

Bom, você pega a rentabilidade NOMINAL do seu investimento, faz o desconto da inflação do mês (que você consegue no site oficial do IBGE), subtrai as taxas e impostos referentes ao valor do lucro para, só então, chegar no que chamamos de rentabilidade REAL do seu investimento. Lembre que faturamento não é lucro!

Esperamos que o artigo tenha te ajudado. Em caso positivo, compartilhe com seus amigos que não compreendem bem como funciona a inflação e/ou como ela afeta as suas finanças ou investimentos. Certamente a educação financeira é algo importante pra todos e começa com você aprendendo a economizar no seu dia a dia.

No dicade estamos sempre dispostos a ajudar você da melhor forma possível. Acreditamos na força da educação financeira como motor propulsor de uma vida mais próspera, sustentável e feliz. Buscamos informações nas fontes mais confiáveis possíveis e só indicamos sites oficiais sobre cada assunto tratado. Tudo feito só pra você.