Inflação: saiba como proteger seus investimentos

Ultimamente, enfrentar a inflação não tem sido fácil. As pessoas cada vez mais veem os preços subirem nos supermercados, no abastecimento do carro, no pagamento do aluguel etc. O movimento da alta dos valores das mercadorias e serviços está ficando muito intenso nos últimos meses. Soma-se a isso a previsão de intensificação desse problema, aliado as condições sustento das famílias, endividamento, pobreza e perda de poder aquisitivo.

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aponta para um percentual cada vez mais próximo dos dois dígitos (desconsiderando as casas decimais). Para se ter uma ideia, o Boletim Focus do Banco Central (BC) prevê uma estimativa de quase 9% no índice. Além disso, uma outra notícia também preocupante é que o percentual chegue a ficar no dobro da previsão feita para o valor final do IPCA do ano de 2022.

Em relação aos investimentos, todo cuidado é pouco. Inclusive, a alta dos preços pode fazer o seu investimento desacelerar e, com isso, você perde lucros. Já parou para pensar no quanto o seu poder de compra foi mudando ao longo do tempo? Continue a leitura para entender mais sobre a inflação, o famoso IPCA e como esses fatores podem pesar sobre seus investimentos.

Inflação; sifrão com seta preta, ao fundo
Os níveis de inflação tendem a subir, então os investimentos precisam de atenção, em momentos de crise econômica. Foto: Reprodução.

O efeito da inflação nos investimentos

Os preços que constam nos produtos podem dar um freio no quanto você pode pagar pelos itens vendidos, mas não é o único fator importante para determinar o seu poder de compra. Os serviços que você usa, como energia, gás e mesmo internet, por exemplo, também tem os efeitos da inflação presente. Outro problema que chama atenção de economistas sobre o poder aquisitivo é o reajuste salarial. Ou seja, o papel desse tipo de aumento na renda tende a dar mais chances de aproveitar melhor seu dinheiro com gastos do dia a dia.

Já em relação aos investimentos, podemos tomar como exemplo a poupança. Digamos que o rendimento da caderneta, fixado pelo BC, tenha sido de 1,8%. Tomando a inflação com 9%, se você tivesse R$ 5 mil nesse tipo de investimento:

  • Você teria acumulado R$ 5090,00, ganhando, portanto, 90 reais.
  • Se tivesse que comprar algo por R$ 5 mil, logo quando investiu, agora vai ter que pagar (em tese) R$ 5.450,00.

Com o exemplo acima, o poder de compra, dessa forma, caiu em R$ 360. Assim, o impacto na vida financeira pode ter um custo que se revela muito desfavorável. Por isso, a lógica do investimento deve priorizar outros planos, em vez de deixar de consumir e acabar perdendo dinheiro no fim das contas.

Invista em fundos para aumentar o poder de compra

O NuBank tem uma opção de orientação com o NuInvest. Por lá, existem vários conteúdos, abordando o investimento em BDR e em outros tipos de áreas do setor financeiro. Também, o banco dispõe de informações sobre a bolsa de valores brasileira e os horários mais corretos para fazer investimentos no dia a dia. Além disso, há a opção de colocar objetivos no app. Ou seja, cada despesa é contabilizada para saber qual o status das suas contas, se você tiver o plano para conseguir reservar um pouquinho de dinheiro no fim do mês.

O app oferece diferentes cartões de maneira simultânea. Ou seja, você pode incluir tanto os gastos de cartão de crédito, de débito, da conta em que você recebe seu salário etc. Ao mesmo tempo, a vantagem é que o app também consegue obter facilmente seus extratos para poder organizar tudo o que você consome. Essa opção também é uma das mais viáveis em razão da segurança, já que tudo que é administrado pelo app tem proteção de criptografia bem avançada. Dessa forma, é possível ficar por dentro de tudo que ocorre, mesmo os riscos relacionados ao mercado.

Considerações finais sobre a inflação e investimentos

A forma como os preços sobem é preocupante, em certos momentos. Com isso em mente, os investidores sabem que a renda que pode ganhar sempre vai depender de como os preços variam. Ademais, o IPCA é uma variável que tende a colocar em cheque o quanto sua propriedade pode ter valor com o passar do tempo. Portanto, você precisa alocar recursos que tendam a superar a capacidade de corrosão da inflação sobre o que você possui em termos de propriedade.

O investimento com base na Selic não é tão viável. Ou seja, o investidor tem que se atentar nos índices que levem a ter rendimentos mais apropriados com a situação econômica. Se estiver num momento em que as taxas de juros básicas não acompanharem o ritmo da inflação, vale a pena avaliar se há a possibilidade de ver algum outro investimento. De preferência, nessas condições, procure aportes financeiros que possam lidar melhor com o IPCA.

Se preferir a compra de ações, veja com cuidado o que está a sua disposição. Prefira investir em ações que vão além do ritmo de crescimento da inflação, com renda fixa, por exemplo. Ainda, veja se é possível prever o que vai ser ganho ou se, ao menos, o índice do investimento (Selic, CDI etc.) pode ficar acima do crescimento da alta dos preços.

Sobre o autor

Jefferson Tafarel

Jornalista de finanças para o Dicade.com.

Revisado por

Glenda Ribeiro