Previdência privada: saiba como escolher a melhor opção

Precisamos nos preparar para o futuro. No caso das finanças, não é diferente: contar com o dinheiro juntado ao longo dos anos e com a previdência social, pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), é uma das formas de ter a previdência privada. Há também a opção de receber tudo em uma só parcela.

A maioria das pessoas usam a previdência como uma renda complementar. Mas há outras opções sobre como você quer ter uma previdência privada, pois dá para decidir o tempo e quanto aplicar por mês e o momento de resgate. Além disso, essa previsão é essencial para saber qual será o padrão de vida no futuro. Afinal, quando alguém decide de aposentar, também está pensando na comodidade e no seu bem estar após longos anos de trabalho.

Com a intensa mudança das regras de previdência, o recomendado é que as pessoas procurem o que for mais rentável. Mas, no geral, o melhor é ter uma valor mensal que seja guardado para se aposentar com facilidade no futuro. Por isso, esse artigo vai te mostrar as diversas formas de se planejar de modo privado. Vamos lá?!

A aposentadoria pode ser feita de maneira estável na previdência privada
A previdência privada pode ser uma opção viável para as pessoas que querem uma aposentadoria mais equilibrada

Dicas para organizar a sua previdência privada

Qual o seu estilo de consumo? O que você quer é ter um benefício fiscal? Ou só uma renda para se manter? Veja a seguir algumas dicas sobre essas e outras questões em relação ao assunto.

  • Encontre o seu perfil. Para as pessoas que desejam fazer a própria previdência, há a opção da renda fixa, menos afetada por variações na economia, a grosso modo. Outra via está nos fundos de ações, bom para investidores e para as pessoas que conhecem o mercado financeiro. Mas a renda fixa tem um revés, uma vez que a geração de renda tende a ser menor, mesmo com o risco baixo. Por outro lado, se a previdência privada for de renda variável, as pessoas podem ter uma renda maior, ainda que com o risco elevado.
  • Modalidade: o Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) ou a Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL). Recomenda-se a opção de PGBL para quem declara o Imposto de Renda (IR) completo, já que a sua contribuição pode ir até 12% da renda bruta. Por outro lado, as pessoas que optam pelo VGBL, no geral, são isentas de imposto ou declaram IR de forma simples, tendo os tributos só nos valores que contribuiu.
  • Regime tributário: a tributação regressiva ou a progressiva. Na forma regressiva (chamada também de ‘definitiva’), o IR é cobrado na pessoa que declara o imposto e, assim, não tem como ser compensado na declaração. De outra forma, no modo progressivo as pessoas resgatam 15% do IR, de acordo com o valor do plano que a pessoa opte na hora de aderir à previdência privada.

Definindo as suas metas com a previdência privada

Se você planeja como vai obter a sua aposentadoria privada, também deve optar por ter os ganhos com a previdência na íntegra ou então por ganho mensal. Ainda, há a opção de resgate na forma vitalícia, ou seja, até a morte da pessoa que está com a aposentadoria no modo privado.

Caso o interesse não seja o ganho pessoal, saiba que a previdência também pode bancar um projeto de educação dos filhos, ou até um plano em cima de tributos. Essa outra aplicação, mais financeira, tem vantagem, por não ter a retenção de IR nem cobranças sobre o que render.

Além disso, a portabilidade é um outro fator de personalização em relação à previdência privada. Analisar o que acontece com a sua vida e alterar o modo em que você quer investir é importante. Finalmente, escolher uma nova instituição não resulta em novos impostos, nem cria a dor de cabeça de ter que investir de novo os valores, com todo o processo cheio de burocracia.

Escolhendo a instituição financeira para a sua aposentadoria

Cuidar de um plano de previdência exige que você escolha um banco confiável, que saiba gerir bem os recursos que você investiu. Por isso, a instituição optada tem que se empenhar em trazer o plano mais rentável até você, considerando as regras de finanças em vigor. O que faz diferença no dinheiro que você coloca para a sua previdência é a forma como o banco opera com os recursos que você forneceu.

Contudo, não se esqueça: todas as pessoas que fazem previdência privada podem colocar o seu dinheiro em outro plano de outra instituição, caso queiram, sem nenhuma taxa e custos extras. Todavia, é importante observar se a instituição financeira, que você está escolhendo para a sua previdência pessoal, está ligada à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e à Superintendência de Seguros Privados (Susep). Os dois órgãos são responsáveis por certificar e avaliar as atividades de empresas financeiras, além de permitir que elas possam operar.

Conheça outros tipos de aplicação de renda fixa

Além do PGBL e VGBL, as pessoas interessadas em ter aposentadoria privada podem contar com o tesouro IPCA+. Essa modalidade é uma combinação da inflação ao consumidor amplo com taxas pré-fixadas. Em outras palavras, o governo oferece um título para previdência privada, cuja característica principal é se valorizar conforme o ritmo da economia. O vencimento mínimo para o tesouro IPCA+ pode ser de, no mínimo 5 anos.

Ademais, as pessoas podem fazer aportes baixos para esse tipo de investimento, sem tanto risco financeiro. Outras aplicações de renda fixa conhecidas são as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito Agropecuário (LCA). As aplicações dessas outras modalidades são investidos em imóveis em agronegócios e a renda feita com elas depende do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Porém, o investimento é mais caro, seja em LCI ou em LCA.

Sobre o autor

Jefferson Tafarel

Jornalista de finanças para o Dicade.com.

Revisado por

Glenda Ribeiro