Refinanciamento de empréstimo: veja dicas sobre o tema

As nossas finanças precisam de muita atenção em momento de crise. Justamente, é nesses momentos em que ficamos devendo algumas contas para priorizar outras. Aí é que o refinanciamento vira uma opção. Em relação aos empréstimos, não é diferente, porque temos a necessidade de colocar em dia as contas do dia a dia, principalmente se temos que pagar as contas com a família. Ou mesmo custear as parcelas de algum automóvel, por exemplo.

Quando se trata de refinanciamento de empréstimo consignado, as pessoas precisam de uma renovação. O processo pelo qual o empréstimo tem uma renovação acontece por meio da troca de um acordo por um novo. Em outras palavras, as pessoas que realizam o empréstimo devem renovar o empréstimo realizando antes na mesma instituição financeira.

Uma vez que a pessoa fez o refinanciamento, como garantir que ela vai ter uma situação financeira mais leve? Como são definidos os vencimentos para o refinanciamento? Qual é o passo a passo da renovação, em geral? Essas e outras questões você confere aqui. Nesse artigo, vamos entender os tipos de refinanciamento e ver o que é mais relevante para saber sobre o assunto.

Refinanciamento; pessoas fazem contas em calculadoras, numa mesma de tampo de madeira marrom clara.
O refinanciamento envolve lidar com a instituição financeira que concede o empréstimo. Foto: Reprodução.

Vantagens e tipos de refinanciamento

Existem dois tipos de refinanciamento. O refinanciamento com troco traz a vantagem de devolver o dinheiro que você já investiu no empréstimo, quitando aquele que já tinha sido aberto. Mas, você deve se atentar para o fator de risco, que acontece quando você opta por essa opção, já que o empréstimo que tem vai ser pago sofre um aumento.

Para entender como funciona, vamos te mostrar um cálculo simples. Digamos que você tenha feito um financiamento de R$ 4.500,00, com 36 parcelas. Quando você pagar R$ 1.500,00, dois terços ainda vão ficar pendentes para que você quite. Com o refinanciamento, você retoma mesmo valor total do empréstimo (R$ 4,5 mil) e o valor já investido também fica com você. Ou seja, você recebe o troco de R$ 1,5 mil e o que você estava devendo também é quitado.

Dessa forma, você agora deve compensar os R$ 3 mil que foram usados para abater a dívida. A vantagem desse modelo é ter de volta o dinheiro para pagar outras contas e com um novo acordo, com mais segurança. Agora, vamos ver o refinanciamento sem troco.

Portanto, quando se opta por essa forma de financiamento renovado, a pessoa terá as 24 parcelas que ainda tinha que pagar. Mas, com um diferencial. Tomando o exemplo aquele mesmo valor, R$ 4.500,00 com 36 parcelas, agora o valor de cada uma vai ficar menor. Em vez de pagar 125 reais (sendo o total de R$ 3.000,00), você vai ter R$ 83,33 para cada parcela —desconto de mais de 30%. Ou seja, o número de parcelas cresce, enquanto o valor total diminui. Além disso, o valor que você vai pagar será menor e haverá mais tempo para quitar.

Taxa de juros e tempo para avaliação

Como você viu, as formas de refinanciamento podem levar a uma diminuição no tempo necessário para pagar a dívida de empréstimo. Também, a taxa de juros pode ter o seu peso reduzido, no fim das contas. Ademais, um novo empréstimo pode ser realizado e a pessoa fica com menos chance de ter de lidar com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) ou o Serasa.

O prazo para conseguir financiar em uma das modalidades, que você viu aqui, leva em torno de duas semanas. A dica principal para evitar uma estratégia arriscada e comprometedora é fazer uma busca por instituições financeiras com condições atrativas, que permitam que você tenha a melhor opção para sua vida financeira. Isto é, se você quer ter uma parte do valor já pago ou reduzir o pagamento e alongar o tempo de pagamento.

Seja você um aposentado ou recebedor de pensão via Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou, ainda, trabalhador do setor público, a renovação do empréstimo é garantida. Contudo, você tem que ver qual a condição para pagar no momento em que for atrás da renovação.

Ou seja, para aquele exemplo dado no tópico anterior, um terço já tinha sido pago. Digamos que a exigência seja de 30% das parcelas pagas. Como temos 36 ao todo e 12 já foram pagas, você preenche o requisito da quantidade mínima.

Diferença entre refinanciamento e portabilidade

Ambos, troca de instituição e novo financiamento, sejam vantajosos para reduzir os valores que você precisas pagar, existem diferenças. O refinanciamento mantém você onde o financiamento já acontece. A outra alternativa deixa você trocar o gestor dos recursos que você já paga.

Se você acha que está sendo prejudicado por uma proposta onde está, o melhor a se fazer é a portabilidade. Mas, não há como obter de volta o valor já investido. O único ganho, em termos financeiros, é sair para um banco em que você consiga ter mais formas de aliviar a dor no bolso e pagar as contas com facilidade.

Em todo caso, cabe avaliar o que fica melhor para você. Saber o que está a disposição no momento, ver alguma oferta de emprego ou proposta de negócio pode pesar muito nessa decisão.

Sobre o autor

Jefferson Tafarel

Jornalista de finanças para o Dicade.com.