Novo RG: veja como tirar

Vários documentos podem ficar dentro de um único: essa é a principal vantagem do novo Registro Geral (RG), que, aos poucos, passa a valer para todo o território nacional. O documento já vale desde o dia 1º de março e nele vai constar a certidão de nascimento, a identificação no INSS, o CNH e o CPF.

Outra mudança que deixa mais fácil consultar essas informações é que os dados vão estar tanto numa versão física quanto digital pelo app Gov.br. Porém, a obrigatoriedade começa só a partir de 2023 em todos os estados do país.

Dessa forma, a validade dos RGs que são utilizados atualmente, para quem tem menos de 60 anos, dura até depois de 2030. Ainda assim, as pessoas que já possuem a digital cadastrada na Base de Dados da Identificação Civil Nacional (BDICN) já podem emitir o novo RG.

Como fazer para ter o novo RG

Quando for possível emitir a identidade única na sua cidade, leve a sua certidão de nascimento, já que o documento tem que ser feito, inicialmente, na versão física também. Depois, o órgão que emitir o documento valida o seu cadastro com alguma das Secretarias de Segurança estaduais e avisa a você sobre o prazo.

Assim, na área “carteira” do app Gov.br mostra a sua nova identidade, no momento em que você acabar de seguir todos os procedimentos. Quando você conseguir tirar o novo RG, basta ir na loja de apps do seu celular e procurar por “Gov.br”. Depois de baixar, você só precisa se cadastrar no app e os seus documentos estão disponíveis para o acesso.

O novo RG já está disponível: ele terá também uma versão digital no app Gov.br.
O novo RG pode ser visto na área “Carteira de documentos”, no app Gov.br. Foto: captura de tela por André Magalhães para Canal Tech.

O cadastro no app precisa dos seguintes itens:

  • CPF;
  • Nome completo;
  • Parentesco;
  • Endereço de email;
  • Data de nascimento;
  • Número de telefone;
  • Senha.

Como será o novo documento físico do RG?

Uma das mudanças no novo RG será a identificação pelo CPF, não mais pelo Registro Geral, sendo confirmada por um QR code, que será legível mesmo sem a conexão à internet. Vale lembrar que a substituição do número do Registro Geral será gradativa, ou seja, não vai ser adotada agora, exatamente.

Além disso, o RG vai ser aceito fora do país, por causa do código no padrão internacional MRZ (Machine Readable Zone, abreviação em inglês para a Zona Legível por Máquina), que já tem o uso consagrado nos passaportes.

Também há a vantagem de ter o nome social e até o tipo sanguíneo no documento novo. Ademais, o RG tem uma nova vantagem para as pessoas deficientes: é possível colocar as informações particulares sobre a sua condição. Junto a esses dados, há a possibilidade de incluir a carteira nacional de saúde, o número do NIS/PIS/Pasep, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) entre outros.

Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o novo documento

O grupo de pesquisas Juniper Research, especializado em tecnologia, indica que 6,5 bilhões de pessoas vão usar a identidade digital até o ano de 2026. Ao mesmo tempo, as regras para deixar o uso dos documentos mais seguros vão precisar melhorar.

Por isso, foi criada a LGPD, sancionada em 2018, mas que já entrou em vigor há dois anos. Então, as empresas que lidam com os dados de identificação de clientes e as informações importantes deles, como o número de cartão de crédito ou mesmo as senhas, estão cada vez mais com atenção a essa lei.

A intenção de tornar a identidade um documento também digital acompanha a tendência de mercado de orientar os seus negócios com base nos dados dos clientes. A tecnologia melhora a validação da identidade das pessoas, já que impede os crimes em que se usa a identidade de terceiros para obter os benefícios do governo, por exemplo.

Ao mesmo tempo, o combate a criminalidade melhora, na medida em que os órgãos públicos verificam se a pessoa realmente é quem diz ser. Até a biometria pode ser verificada com mais facilidade em outros países!

Como evitar ataques de engenharia social

A manipulação com pessoas em espaços sociais para obter as informações é conhecida como engenharia social. Frequentemente, nos protegemos contra os ataques de hackers, instalando antivírus e, às vezes, mudando as senhas na internet. Contudo, há pessoas que podem se disfarçar de profissionais de tecnologia e acabar obtendo os seus dados.

Existem alguns tipos conhecidos. A seguir, você confere alguns deles, para se proteger:

  • Iscas. Os criminosos podem usar os pen drives para destruir seu computador: fique ligado se houver algum dispositivo que você não tinha visto antes e que estava ligado ao seu dispositivo sem você saber, pois ele pode ter desde malwares e softwares para capturar os seus dados, ou até um mecanismo que lance uma carga pesada de energia.
  • Pretexto. Se aparecer alguém pedindo seus dados para alguma pesquisa, mas não apresente identificação ou esteja agindo sem alguma equipe, desconfie. Pode ser que a intenção seja te prejudicar.
  • Phishing. As ensagens de texto mostrando alguma proposta de trabalho estão aparecendo em vários celulares por aí. As notificações são conhecidas por oferecer emprego ou pelo pedido de informações confidenciais para se aproveitar da vítima.
Sobre o autor

Jefferson Tafarel

Jornalista de finanças para o Dicade.com.